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Hoje fiquei sabendo que minha tia paterna vai me enviar uma iguaria que há muito queria saborear. Sobretudo, nestas terras onde não há os peixes de lá. Fiquei a imaginar. Aliás, a meditar. Comida, alimento é também uma oração. O tempero tem carinho. E quem comanda é o coração. Uma pitada de bem querer. Outra, de saudade. Cebolinha. Cheiro verde. Cebola. Pimentões. Não são todos estes os ingredientes. Não sei. Mas, com certeza, o sabor é sem igual. Urucum é a semente que colore de vermelho. Do amor que trazemos no peito. Da “terra querida que nos viu nascer”. De todos vocês. Tia, fenomenal. Amor que possui nas suas laboriosas mãos. Mãos que afagam a alma. O tato. O paladar. Toca lá no fundo das lembranças. Partilhar o alimento é também beber nas recordações da infância. Mãos generosas. Que distribui o seu ser. Pois coloca em tudo um pouquinho de você. Será por isso que a visão do paraíso seja mesmo um banquete celestial?! Estar num jardim imenso, convidados para a ceia. Seremos todos iguais. Sentados todos juntos. Partilharemos do Amor magistral. É, o Filho de Deus, deu-se em comida, em bebida também. Afinal, guardada as devidas proporções (analogia de proporção), alimentar o outro é mesmo a maior benção que pode existir. Ato sagrado. Gesto que transmite a vida, a intimidade, o unir. Quando a mãe, aqui, chegar no domingo que se aproxima. Certamente, tia, aqui também de alguma forma estará. No seu carinho, no seu amor, nesse prato que prepara. Que nutre e assinala o encontro dos que se querem bem. Caminhantes, viajantes. Tia, gratidão. Que sai do coração. Paz e Bem!! Beijão!! : )